Dizer que as redes são importantes em organizações é afirmar o óbvio. Porém, mobilizar o poder desses grupos invisíveis para atingir objetivos organizacionais é bem mais complicado. A maioria dos esforços para promover a colaboração em organizações são ineficazes, pois apóiam-se na premissa simplista de que mais conectividade é sempre melhor. Na verdade, as redes criam demandas de relacionamento que requerem tempo e energia das pessoas e podem, em casos extremos, até paralisar a organização. Por isso, é essencial que os gestores aprendam a promover a dose saudável de conectividade, que beneficie a organização e os indivíduos.
Existem três tipos de redes sociais nas organizações, cada uma delas apropriada à geração de um tipo específico de valor. A rede de “respostas customizadas” é apropriada para a estruturação de problemas ambíguos, tipicamente envolvidos com inovação. Empresas de consultoria e grupos de desenvolvimento de novos produtos apóiam-se nesse formato. Por sua vez, equipes cirúrgicas e escritórios de advocacia, por exemplo, apóiam-se principalmente em redes de “respostas modulares”, que funcionam melhor quando componentes do problema são conhecidos, mas a seqüência desses componentes não. E redes de “resposta rotineira” são mais apropriadas para organizações como call-centers, onde os problemas e soluções são bem previsíveis, mas ainda assim alguma colaboração é necessária.
Gestores não devem simplesmente esperar que a colaboração ocorra espontaneamente, nas partes certas da organização, no momento certo. Eles precisam desenvolver uma visão estratégica refinada da colaboração e realizar ações específicas para garantir que suas organizações se apóiem nos tipos de redes sociais que melhor se enquadrem à razão de ser e aos objetivos estratégicos de sua organização. A análise de redes sociais é a ferramenta para determinar que tipo de rede irá produzir os melhores resultados para a organização e que investimentos estratégicos irão proporcionar o grau certo de conectividade.
Rob Cross, Jeanne Liedtka, and Leigh Weiss. “A Practical Guide to Social Networks”. Harvard Business Review, Março 2005.
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